quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Saudade, irmão

   O tempo passa e te leva para um lugar em que nunca imaginou. Todos os dias vive com uma vontade imensa de ser feliz, tentar recomeçar, reiniciar e ter um novo você. Por trás de sorrisos esconde o que te fere. Por trás de tanta seriedade tenta ser o que não é. Você já parou pra pensar que o recomeço pode ser hoje? Pode e deve porque se for pra amar, viver, ri, ser, fazer e muitos outros verbos tem e devem ser conjugados no presente. Afinal, o amanhã é distante e não sabemos se vai existir.
   Mas e o passado? Ainda está em você? Ás vezes, sempre estará. Simplesmente por ter pessoas que um dia nos fizeram tão bem que a consequência é a saudade. Saudade de uma voz, mas não qualquer voz. Das brincadeiras, desavenças, do amor, das loucuras e da irmandade. Um irmão, talvez, possa ser seu amigo. Aquele amigo que a vida te deu de presente, que sim, ele realmente é essencial.
  Uma diferença grande é quando temos o nosso irmão real. Você vai dizer que é um saco ter um irmão, que preferia ser filho(a) único(a). Realmente irmãos pegam no pé, zoam, sabem irritar como ninguém, brigam, batem, ofendem, mas também, quando você precisa são eles que estão lá, têm um ótimo abraço de consolo, sabem te incentivar e, no fundo, fazem tudo por você.
   Então, confessa, seu irmão sempre está na sua memória. O meu, sempre está. Ele não fica perto de mim materialmente, mas espiritualmente está sempre por perto. Só posso ver seu rostinho nas minhas lembranças, ouvir sua voz na saudade e lembrar de como era seu toque na dor. Ter momentos de felicidades quando em sonhos posso ter um pouquinho de tudo isso.
     E os leitores devem estar perguntando ''Você não falou que era pra viver o hoje?''. Falei. Porque nada melhor do que aproveitar o que você tem, as pessoas que te fazem bem e sempre que você puder te-las por perto aproveite cada segundo. Quando nós não podemos mais... a saudade te deixa os ''e se'' que você não pode mais fazer e nem evitar de acontecer. Porque ''e se eu tivesse feito isso ou aquilo'', não mudaria muita coisa. Mas se eu tivesse amado mais, ficado mais,  brigado menos e dado menos razão para coisas insignificantes, talvez, hoje os ''e se'' seriam de menos e a saudade ainda maior.

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