Um dia eu achei que tinha achado o cara da minha vida. Planejei namoro com sentimento, casamento apaixonado, cozinha bagunçada com o arroz queimado, filhos bagunceiros, velhice descansada e netos para mimar. Pensei em fazer faculdade, ter um bom emprego, boas amizades e familiares exemplares. Pensei em te amar, ter um cachorro e um amor para contar. Imaginei que você era o amor da minha vida, que com você tudo era colorido até mesmo para fazer amor no sofá. Fui mais do que amiga e sempre estive agradecida por todas as conquistas de um casal. Mas uma coisa mudou... procurei por você, não encontrei. Quis te amar, não deu. Tentei falar ''eu te amo'', travei. Será que o erro foi meu?
Eu quis te caçar, você correu e eu me fechei. Fechei-me para um mundo que só é meu em uma caverna só minha. Sabe o arroz? Eu não queimei. Pensei e repensei que a velhice cansada é porque aproveitei. Fui a rua sem pensar em um amor para contar e achei pessoas novas. No meio de sorrisos, amizades, viver e amar de forma diferente... sabe que eu gostei? E pela primeira vez gostei de não te ter aqui. Gostei de chegar em casa, não te ligar e não fazer as mesmas coisas chatas de sempre. Aí eu descobri que o príncipe é chato e que dizer só ''eu te amo'' não basta. Então quis mudar tudo nele e não teve jeito. Fugi para um mundo que não pertencia a ele e olha só quem eu achei? Um sapo.
Um sapo????
É, um sapo, pequenino, verde, nojento. Ué, nunca viu um sapo? O sapo me mostrou o que o príncipe já não mostra a tanto tempo. O príncipe me dava sono, não me tirava sorrisos e nem roubava mais beijos para com que eu acordasse. O sapo pulou, me tirou pra dançar e a música era o ritmo do meu coração. Ele me contou segredos sobre mim que o galã do príncipe não sabia e, além disso, me mostrou o que eu queria. O sapo ganhou com a voz do coração e a sinceridade que eu queria achar no príncipe. E entre sapos e príncipes, amores e paixões, declarações e obsessões... adivinha quem eu escolhi?
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