segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Persistência em sapo

    Eu tenho uma persistência em me apaixonar por sapos. Não sei o que acontece, mas aquele sapo frágil, pequenino e que me parece inocente me dá vontade de salvá-lo, amá-lo, fazê-lo feliz.
   Eu tenho uma ingenuidade só minha de achar que só porque parece, é. Só porque é daquele jeito, eu tenho que salvar o mundo e todo o mundo.
    Não, não tenho. Que eu fique com o sapo mesmo que ele seja tudo isso e, talvez, até nojentinho.  Mas que eu fique porque ele me ama também. Fique porque ele faz por mim, demonstra todo amor dele.
    Eu posso ficar com o sapo. Não ligo para como ele parece, ligo para como a essência dele é. Ligo para como ele me trata e quando está aqui. Ligo que ele me ame e ame de todas as formas do verbo amar e que a gente possa amar até no chão gelado da cozinha.
    Porque eu não ligo para o chão gelado, o corpo dele me esquenta o suficiente. Mas eu ligo para aquele olhar que mesmo encostada com as costas no chão, me tira dele. Eu ligo para seus braços que quando me abraçam parece os maiores do mundo e que neles eu tô protegida de tudo. Ligo para suas mãos quando estão nas minhas,fazendo-me sentir que eu posso tudo ou até mesmo quando elas estão passeando pelo meu corpo todinho. Se elas são grossas, finas, bonitas ou feias, eu não ligo... Elas tem a temperatura perfeita e o toque também.
   Eu ligo para muita coisa que vem de você e me desligo do que não vêm. As fofocas? Não tem a ver. As intrigas? Não tem a ver. Eu e você? Por mais que a gente não queira, lute para que não seja, temos um nada a ver de tantas diferenças que nos preenchem e nos encaixam. Então quanto mais eu fujo, mais a ver ficamos, nos encontramos e nos tornamos perfeitos um para o outro. Quanto mais dificuldades encontramos, mais nos apaixonamos e mostramos para paixão que ela tem que está ali também, e o amor de nós dois sempre prevalece.

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